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| - A raiz xintoísta do sumo pode ser facilmente rastreada através dos séculos, e muitos rituais atualmente presentes no sumo são heranças diretas dos rituais xintoístas. O Xintoísmo é uma religião que tem sido historicamente utilizada para expressar o nacionalismo e identidade étnica japonesa, e o foi especialmente antes do fim da II Guerra Mundial. Em sua associação com o xintoísmo, o sumo também tem sido visto como um baluarte da tradição Japonesa. O sumo pode ser remontado para os antigos rituais xintoístas performados para garantir uma colheita abundante e honrar os espíritos conhecido como kami. Nos tempos modernos, o dossel suspenso sobre o ringue de sumo, ringue este chamado dohyō, é uma reminiscência de um santuário xintoísta. O juiz da disputa se veste em trajes muito semelhante ao de um sacerdote xintoísta, e acredita-se que o lançamento de sal antes de um combate serve para purificar o ringue. Antes de tornar-se um esporte profissional, no período Tokugawa, o sumo era originalmente praticado no pátio de um santuário ou templo. O aspecto do atual dohyō, que ainda é considerado um espaço sagrado, mantém uma homenagem aos dias em que os jogos eram realizados no chão sagrado dos santuários e templos. O dossel ou telhado suspenso sobre o dohyō, chamado yakata, representa originalmente o céu, com o propósito de enfatizar a natureza sagrada de dohyō, que por sua vez simboliza a terra. Na véspera de cada torneio realiza-se o dohyō-matsuri, que é uma cerimônia de benção do ringue, conduzida pelos árbitros do sumo, ou gyōji, junto com os demais assistentes dos jogos e convidados. Os trajes elaborados e coloridos do gyōji são baseados nas vestes cerimoniais das cortes dos nobres do período Heian (AD 794 – 1185). Também, os chapéus pretos que eles usam são cópias exatas dos chapéus usados pelos sacerdotes xintoístas retratados em vários objetos de arte do período Heian. Vestidos com as vestes brancas de um sacerdote Xintoísta, o gyōji purifica e abençoa o dohyō, em uma solene cerimônia em que sal, algas, lula seca e castanhas são enterrados no centro da dohyō. Aos assistentes e convidados que participam da cerimônia é oferecido saquê, a tradicional bebida alcoólica japonesa. O saquê restante é derramado sobre o anel de palha que demarca o limite do dohyō, como uma oferenda aos deuses. O ritual xintoísta ainda continua a permeiar todos os aspectos do sumô. O dohyō-iri é uma cerimônia de entrada e apresentação dos lutadores, realizada todo os dias de cada torneio, figurando os atletas das divisões mais altas do esporte, antes do início das lutas. Essa cerimônia compreende a entrada em fila e a subida até o dohyō segundo a ordem crescente dos atletas no ranking, depois uma caminhada em volta do ringue e de frente para o público. Eles, em seguida, voltam-se para dentro do ringue, batem as palmas de suas mãos, levantam uma das mãos, levantam ligeiramente o avental cerimonial chamado kesho-mawashi, e levantar ambas as mãos. Em seguida, voltam a caminhar ao redor do dohyō para sair da mesma forma que entraram. Estas palmas são uma reminiscência importante dos elementos do ritual xintoísta, onde se batem as palmas em santuários religiosos com a intenção de atrair a atenção dos deuses. A entrada cerimonial do yokozuna é feita à parte porque é considerada um ritual de purificação particular, e ocasionalmente é realizada também em santuários xintoístas para esta finalidade, sem que lutas de sumô ali aconteçam. Todos os yokozunas recém-promovidos realizam a sua primeira entrada ritual no Santuário de Meiji, em Tóquio.
- The Shinto origins of sumo can easily be traced back through the centuries and many current sumo rituals are directly handed down from Shinto rituals. The Shinto religion has historically been used as a means to express Japanese nationalism and ethnic identity, especially prior to the end of World War II. In its association with Shinto, sumo has also been seen as a bulwark of Japanese tradition. Sumo can be traced back to ancient Shinto rituals to ensure a bountiful harvest and honor the spirits known as kami. In modern times, the canopy over the sumo ring, called the dohyō is reminiscent of a Shinto shrine, the officiator is dressed in garb very similar to that of a Shinto priest, and the throwing of salt before a bout is believed to purify the ring. Prior to becoming a professional sport in the Tokugawa period, sumo was originally performed on the grounds of a shrine or temple. The present dohyō, which is still considered sacred, is in honor of the days when matches were held on the sacred grounds of shrines and temples. The roof over the dohyō called yakata originally represented the sky for the purpose of emphasizing the sacred nature of dohyō, which symbolizes the earth. On the day before the beginning of each tournament, the dohyō-matsuri, a ring-blessing ceremony, is performed by sumo officials called gyōji. They are the referees on the dohyō, who judge each sumo match. Their elaborate, colorful costumes are based on ceremonial court robes of the Heian period (AD 794 – 1185). Also their black hats are exact copies of the hats worn by Shinto priests depicted in various Heian art. Dressed in the white robes of a Shinto priest gyōji purify and bless the dohyō in a solemn ceremony during which salt, kelp, dried squid and chestnuts are buried in the center of the dohyō. Observing officials and invited guests drink sake, Japanese traditional alcoholic drink as it is offered to each one in turn. The remaining sake is poured over the straw boundary of the dohyō, as an offering to the gods. Shinto ritual still continues to pervade every aspect of sumo. Before a tournament, two of the sumo officiators known as gyōji functioning as Shinto priests enact a ritual to consecrate the newly constructed dohyō. Each day of the tournament the dohyō-iri, or ring-entering ceremonies performed by the top divisions before the start of their wrestling day are derived from sumo rituals. This ceremony involves them ascending the dohyō, walking around the edge and facing the audience. They then turn and face inwards, clap their hands, raise one hand, slightly lift the ceremonial aprons called kesho-mawashi, and raise both hands, then continue walking around the dohyō as they leave the same way they came in. This clapping ritual is an important Shinto element and reminiscent of the clapping in Shinto shrines designed to attract the attention of the gods. The yokozuna's ring-entering ceremony is regarded as a purification ritual in its own right, and is occasionally performed at Shinto shrines for this purpose. Every newly promoted yokozuna performs his first ring-entering ceremony at the Meiji Shrine in Tokyo.
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